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Recessão nos EUA ganha destaque com previsões de 70% de probabilidade em 2024

Internacional

Mercado Financeiro mantém otimismo com recordes nos índices

Investing – O mercado financeiro americano tem demonstrado otimismo em 2023, com os principais índices de ações como S&P 500 e Nasdaq renovando suas máximas históricas.

Isso ocorre mesmo após uma sequência de aumentos na taxa de juros promovida pelo Federal Reserve (Fed) como forma de combater a inflação alta.

Indicadores econômicos como a taxa de desemprego em queda, salários em alta e atividade robusta do setor de serviços sustentam a confiança dos investidores.

Analistas apontam que, por enquanto, o aperto monetário do Fed conseguiu desacelerar a economia gradualmente, sem provocar uma recessão severa.

Porém, riscos seguem no radar, como a desaceleração no setor imobiliário, retração nos gastos com cartões de crédito e possibilidade de erros de política econômica.

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A chave será o quão suave será o “pouso” da economia conduzido pelo Fed.

RBC projeta 70% de chance de recessão em 2024

A gestora canadense RBC Global Asset Management projeta probabilidade de 70% de ocorrência de recessão na economia americana em 2024.

A previsão considera uma flexibilização no cenário de crescimento nos Estados Unidos.

Atualmente, os EUA ainda apresentam taxa de desemprego historicamente baixa, em 3,7%, e crescimento robusto no PIB do 3º trimestre.

Porém, para a RBC, a política agressiva do Fed em elevar os juros para controlar a inflação deve levar a uma contração econômica mais adiante.

Esse cenário é compartilhado por outros bancos.

O Goldman Sachs estima alta chance de recessão leve, enquanto o Bank of America já vê sinais de desaceleração na economia, com riscos crescentes.

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Resta saber qual magnitude terá essa possível recessão em 2024.

VEJA: Investimento em ações do S&P 500 garantem retorno astronômico de 31.000% por cento em 2023

Política monetária restritiva do Fed pode não ser mais adequada

Segundo a RBC Global Asset Management, o extenso ciclo de aumentos na taxa de juros conduzido pelo Federal Reserve pode ter sido robusto o suficiente para levar os EUA à beira da recessão futuramente.

Atualmente, a política monetária está em patamar “altamente restritivo”, com Fed Funds entre 4,25% e 4,50%. E essa postura agressiva para controlar a inflação pode se tornar inadequada se a economia continuar em desaceleração e a alta de preços arrefecer.

Nesse cenário, os custos de manter juros elevados superariam os benefícios.

A chave será calibrar os juros de modo a trazer a inflação às metas, mas sem provocar forte contração do PIB e escalada no desemprego. Esse é o dilema do Fed para 2024.

Indicadores econômicos sugerem novas fragilidades

Apesar da resiliência recente, alguns indicadores econômicos já sugerem novas fragilidades na economia americana, conforme análise da gestora RBC.

Entre os sinais de alerta, destacam-se a queda na confiança do consumidor, retração no setor imobiliário, aumento nos pedidos de auxílio-desemprego e deterioração das condições financeiras das famílias com a escalada dos juros do crédito.

Por ora, o mercado de trabalho segue robusto, com empregos sendo criados a cada mês.

Porém, os riscos de piora no cenário econômico estão aumentando, conforme o efeito defasado da política monetária restritiva do Fed ganha corpo.

A trajetória da inflação e dos gastos do consumidor serão fundamentais.

Federal Reserve

Bancos Centrais buscam retorno da inflação aos níveis pré-pandêmicos

De acordo com a RBC, o Federal Reserve e outros bancos centrais têm como objetivo principal trazer a inflação de volta aos níveis vistos antes da pandemia de Covid-19.

Para tanto, estão dispostos a provocar períodos de enfraquecimento da economia e desaceleração no mercado de trabalho.

Nos EUA, o Fed mira retornar a inflação anual para a meta de 2%.

Desde o índice de preços ao consumidor acima de 7%, a autoridade monetária tem elevado os juros de forma agressiva.

Essa postura contracionista visa esfriar a demanda e conter os aumentos de salários e poder de precificação das empresas.

O efeito colateral é a desaceleração no crescimento do PIB, como visto nos últimos meses nos EUA e zona do euro.

Esse é o custo para ancorar as expectativas inflacionárias. Resta saber quanta força a economia global terá para absorver esse aperto monetário sem entrar em colapso.

VEJA TAMBÉM: The New York Times abre processo bilionário contra OpenAi e Microsoft

Modelos da RBC indicam economia no final do ciclo

Modelos econométricos desenvolvidos pela RBC Global Asset Management sobre ciclos econômicos indicam que a economia americana está no final do ciclo atual de expansão e suscetível a uma desaceleração relevante.

Pela análise da RBC, a economia dos EUA opera acima do nível sustentável, com pleno emprego e capacidade produtiva comprimidas.

Isso significa que um período abaixo da tendência é necessário para equilibrar o cenário, consistente com um ciclo econômico tradicional.

Além disso, a deterioração nos indicadores antecedentes aumenta a probabilidade de uma inflexão no ciclo expansivo iniciado após a crise financeira de 2008.

A resiliência do mercado de trabalho é a maior barreira para uma recessão acentuada por ora.

Curva de juros sugere alerta de recessão

Um sinal de alerta para a possível recessão americana em 2024 vem da curva de juros do Tesouro dos EUA, que está invertida entre títulos de 2 e 10 anos e entre 3 meses e 10 anos.

Essa inversão ocorre quando taxas de títulos de curto prazo superam as de longo prazo, indicando que investidores estão dispostos a aceitar menos retorno no longo prazo devido a riscos de desaceleração à frente.

Historicamente, curve inversions antecedem recessões.

Por ora, a inclinação negativa da curva aponta para probabilidade significativa de recessão, embora o timing e severidade sejam incertos.

Inclusive, algumas inversões desde a crise financeira não foram seguidas de contrações.

O Fed monitora esse termômetro, mas não se guia apenas por ele.

Previsão é de recessão relativamente leve e curta

Mesmo projetando 70% de chance de recessão em 2024, a RBC Global Asset Management avalia que essa retração na economia americana deve ser relativamente branda e breve na comparação histórica.

A gestora canadense acredita que o mercado de trabalho dos EUA sofrerá menos perdas de empregos que o normal em recessões passadas.

Isso porque o setor de serviços segue persistente e as empresas ainda lidam com escassez de mão de obra.

APesar destes fatores, alertam que mesmo uma recessão leve deve provocar dificuldades reais para empresas e famílias americanas.

E os reflexos negativos devem ser sentidos nos mercados financeiros globais, via menores rendimentos corporativos e fuga de ativos de risco.

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