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Payroll: 216 mil novos empregos, superando previsões de 170 Mil

Economia Internacional

Mercado de trabalho americano segue robusto com 216 Mil novos empregos em dezembro

O relatório de empregos nos Estados Unidos, o payroll report, trouxe uma surpresa positiva em dezembro de 2023.

Foram criados 216 mil novos postos de trabalho no último mês do ano, superando com folga a expectativa do mercado, que era de 170 mil vagas geradas.

O sólido número reforça a avaliação de que o mercado de trabalho americano segue muito aquecido, apesar dos impactos cumulativos do aperto monetário promovido pelo Federal Reserve ao longo de 2022 para controlar a inflação.

Em dezembro, todos os grandes setores da economia americana expandiram suas contratações, com destaque para lazer e hotelaria (+67 mil), saúde (+55 mil), construção (+28 mil) e indústria (+8 mil).

O contínuo crescimento no emprego corrobora outros indicadores econômicos que sinalizam resiliência da maior economia do mundo, apesar das dificuldades.

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Taxa de desemprego nos EUA se mantém em nível histórico baixo de 3,7%

Além dos sólidos números de geração de empregos, outro destaque no relatório de dezembro foi a taxa de desemprego americana, que se manteve no nível extremamente baixo de 3,7%, permanecendo próxima das mínimas históricas já registradas.

A expectativa mediana do mercado, segundo analistas consultados pela Dow Jones, era de uma piora marginal no desemprego dos EUA, com alta para 3,8% na passagem do mês.

Porém, o indicador frustrou tal projeção e não apenas se manteve nos 3,7% como igualou o patamar mais baixo em mais de 50 anos.

Esse aperto persistente no mercado de trabalho americano reforça o grande desafio que o Federal Reserve enfrenta atualmente para controlar a inflação elevada sem provocar uma recessão econômica e uma forte onda de demissões no país.

O quadro de pleno emprego, salários em alta e demanda aquecida ainda dão amplas condições para os trabalhadores americanos negociarem reajustes salariais robustos, o que mantém pressão sobre a inflação.

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Diante disso, a expectativa majoritária agora é de que o Fed opte por uma nova alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros em sua reunião deste mês, distanciando-se da possibilidade de cortes no primeiro semestre, precificada anteriormente pelo mercado.

O chairman do Fed, Jerome Powell, já havia sinalizado que a política monetária precisaria se manter restritiva por mais tempo diante da resiliência na geração de empregos e na demanda nos EUA.

Os dados de hoje reforçam esse cenário.

Mercado de trabalho aquecido reforça expectativas de nova alta de juros pelo Fed

O sólido desempenho do mercado de trabalho americano em dezembro, com geração de 216 mil novos empregos e taxa de desemprego em mínimas históricas de 3,7%, reforçou substancialmente a expectativa de que o Federal Reserve promoverá uma nova elevação dos juros em sua próxima reunião este mês.

O quadro de pleno emprego evidencia que a economia dos EUA segue resiliente, apesar do agressivo aperto monetário conduzido pelo Fed ao longo de 2022, quando a taxa básica subiu de 0,25% para a faixa atual de 4,25%-4,50%.

Diante da robustez do mercado de trabalho, que ainda garante poder de negociação salarial aos trabalhadores, a perspectiva majoritária agora é de que o Fed anuncie em fevereiro nova alta de 0,25 ponto percentual nos juros, distanciando-se da possibilidade de cortes no primeiro semestre, precificada anteriormente pelo mercado.

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Mercados financeiros precificavam queda de juros pelo Fed em 2024

Até a divulgação do payroll de dezembro, os mercados financeiros vinham precificando uma probabilidade majoritária de que o Federal Reserve começasse a reduzir suas taxas de juros ainda no primeiro semestre de 2024, diante das expectativas de desaceleração econômica.

Porém, os sólidos números do emprego mostram que a economia americana segue bastante resiliente e o mercado de trabalho continua extremamente aquecido, cenário que não coaduna com cortes de juros no curto prazo.

Portanto, os dados levaram investidores a reverem as apostas em afrouxamento monetário pelo Fed neste ano e passarem a precificar nova altas dos fed funds rate, devido à resiliência da maior economia do mundo.

Futuros das bolsas americanas recuam com expectativas de novos apertos monetários

Após a divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos (payroll) com resultados acima do esperado em dezembro, os contratos futuros das principais bolsas de valores americanas, como S&P 500 e Nasdaq, passaram a operar em terreno negativo ainda pela manhã desta sexta-feira.

Os futuros que sinalizam a tendência de abertura do pregão acionário em Wall Street caíram diante da perspectiva de que o Federal Reserve terá que manter sua política monetária restritiva, promovendo novas altas dos juros para controlar a inflação.

O bom desempenho do mercado de trabalho americano em dezembro, com geração robusta de empregos e taxa de desemprego ainda próxima das mínimas históricas, reduziu as esperanças de que o Fed pudesse começar a cortar juros no primeiro semestre, conforme precificado anteriormente.

Diante da resiliência da maior economia do mundo, os investidores passaram a precificar com maior probabilidade uma nova elevação dos juros pelo BC americano já na reunião deste mês.

O temor é que o Fed tenha que manter uma postura agressiva de aperto monetário para controlar a inflação alta.

Juros mais altos tendem a esfriar a atividade econômica e comprimir as margens das empresas, impactando negativamente as bolsas. Por isso, após o payroll, os futuros em NY recuaram refletindo essas expectativas de novos apertos.

A reação inicial do mercado mostra o quão sensível os ativos estão a qualquer indicação sobre a trajetória da política monetária americana, crucial para o desempenho das bolsas globais.

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