por: Redação
Revisão das Projeções:
O Magazine Luiza está prestes a divulgar os resultados do terceiro trimestre de 2023. Antecipando esse evento, o JPMorgan revisou suas projeções para a varejista com base nos números recentemente divulgados pela Casas Bahia (BHIA3) na última quarta-feira, 13 de novembro. BHIA3 reportou um prejuízo líquido de R$ 836 milhões no período, um aumento de 311% em relação ao mesmo período de 2022.
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Recomendações do JPMorgan:
O JPMorgan mantém uma recomendação neutra para as ações do Magazine Luiza, sem um preço-alvo definido. Para as ações da Casas Bahia, a recomendação é underweight, o que significa uma exposição abaixo da média do mercado, equivalente à venda.
Desafios no Mercado:
Os analistas do JPMorgan enxergam um mercado desafiador para o Magazine Luiza, especialmente na categoria de produtos de alto valor, que provavelmente terá uma queda anual.
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Desafios da Casas Bahia:
Por outro lado, a Casas Bahia está em processo de redução de estoque como parte de seu plano de simplificação e turnaround. A expectativa é que esse movimento continue no quarto trimestre de 2023, com a Casas Bahia buscando ajustar mais R$ 230 milhões em seus níveis de estoque.
Perspectivas de Crescimento:
Apesar dos desafios, o mercado do Magazine Luiza deve continuar crescendo de forma sólida, com a Black Friday representando uma oportunidade de crescimento. As projeções apontam para um crescimento entre 13% e 17% ano a ano, em comparação com um crescimento fraco de 3% no período anterior.
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Projeções para o GMV:
O banco prevê um crescimento moderado no volume bruto de mercadorias (GMV) do Magazine Luiza para este ano, com um aumento de 8% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 65 bilhões. Além disso, uma recuperação é esperada até 2024, com projeções entre 13% e 19% (“mid-teens”).
Desafios Financeiros:
Mesmo com a busca por melhorias na lucratividade, o Magazine Luiza enfrenta desafios financeiros, com uma alavancagem ajustada prevista em cerca de 6,5 vezes, o que afeta seus resultados financeiros.
Revisão das Projeções:
O banco reduziu suas projeções para as vendas esperadas em 2024 em 8% e para o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado em 10%.
Valor das Ações:
Com base nas avaliações, o banco vê um valor justo das ações do Magazine Luiza na faixa entre R$ 2 e R$ 2,50, mantendo uma recomendação neutra.
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Expectativas para 2023:
Em relação a 2023, as expectativas apontam para um crescimento de 8% ano a ano, impulsionado principalmente pelo marketplace (3P) com um crescimento anual de 23%. No entanto, as lojas físicas e o estoque próprio online (1P) devem enfrentar desafios devido ao cenário macroeconômico e à alavancagem dos consumidores.
Perspectivas para 2024:
Para 2024, é projetada uma aceleração no crescimento do GMV, beneficiada por cortes nas taxas de juros, que devem impulsionar a demanda. A empresa continua focada em melhorar a margem, otimizar custos e monetizar melhor seu marketplace, ao mesmo tempo que expande seus serviços. No entanto, as melhorias têm ocorrido mais lentamente do que o esperado, e a margem Ebitda ajustada de 2023 é estimada em 5,7%, estável em relação ao ano anterior. Espera-se um ganho de 140 pontos-base na margem em 2024, alcançando 7,1%.
Oportunidades no Varejo Online:
Apesar dos desafios, o varejo online no Brasil ainda apresenta oportunidades significativas, e empresas como o Magazine Luiza têm a oportunidade de capturar o crescimento do setor nos próximos anos, antes de uma possível consolidação da indústria.
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Previsões para o Terceiro Trimestre:
Em relação aos resultados do terceiro trimestre, o Itaú BBA prevê uma compressão de 0,2 ponto percentual na margem Ebitda do Magazine Luiza em relação ao ano anterior, projetando um prejuízo de R$ 176 milhões para a empresa.
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Expectativas da XP:
A XP espera resultados mistos para o Magazine Luiza no terceiro trimestre, com um desempenho fraco na receita, mas uma melhora nas margens. O GMV total deve crescer 4% em comparação com o ano anterior, impulsionado principalmente pelo desempenho do marketplace (3P). Enquanto isso, as lojas físicas e o estoque próprio online (1P) devem enfrentar desafios devido ao cenário macroeconômico.
Análise de Rentabilidade:
A XP espera que a margem bruta aumente em relação ao ano anterior, com o mix de canais e o repasse da DIFAL para preços. No entanto, a margem Ebitda deve ter uma queda anual, embora melhore trimestralmente devido à desalavancagem operacional e à otimização de custos. A XP prevê um prejuízo líquido de R$ 187 milhões para o terceiro trimestre, com despesas financeiras ainda representando um peso, embora o fluxo de caixa livre (FCF) deva ser positivo devido a uma dinâmica de capital de giro melhor.
Projeções do Mercado:
A projeção média do consenso de mercado é de um prejuízo de R$ 154 milhões, Ebitda de R$ 529,59 milhões e receita de R$ 8,79 bilhões.
fonte: ADVFN
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