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CEO da Copel diz que em 2024 os acionistas poderão receber dividendos excepcionais

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Dividendos extraordinários podem ser distribuídos

O CEO da Copel, Daniel Slaviero, sinalizou que a empresa pode conceder dividendos extras aos acionistas em 2024, além dos proventos regulares. Entretanto, essa bonificação adicional está condicionada a uma premissa: se não surgirem boas oportunidades de fusões e aquisições (M&A) no setor de energia durante o ano. Segundo Slaviero, a política de distribuição de dividendos da companhia permite essa flexibilidade caso investimentos atrativos não se materializem. Em suas palavras durante a teleconferência de resultados: “A própria política de proventos da Copel oferece flexibilidade para dividendos extraordinários, e sempre há a possibilidade caso não surjam boas oportunidades”.

Remuneração recorde aos acionistas em 2023

No ano passado, a Copel anunciou um volumoso repasse de R$ 1,089 bilhão aos acionistas, equivalente a 50% do lucro obtido, o maior valor já distribuído pela empresa em um único ano. Esse montante recorde foi viabilizado pelo nível de alavancagem da empresa, situado entre 1,5 e 2,7 vezes, conforme determina a política de proventos. Dos recursos distribuídos, R$ 980 milhões foram na forma de juros sobre capital próprio (JCP) e R$ 131,2 milhões como dividendos, estes sujeitos à retenção de 15% de Imposto de Renda. A companhia justificou o elevado payout citando o seu forte desempenho financeiro e operacional em 2023.

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Calendário e valores pendentes

Até novembro de 2023, a Copel realizou o pagamento de R$ 456,9 milhões em proventos. O saldo remanescente, de R$ 632,3 milhões, será desembolsado até 30 de junho de 2024, após a realização da Assembleia Geral Ordinária agendada para 22 de abril. A companhia optou por estender o calendário de pagamentos ao longo do primeiro semestre visando uma melhor gestão do fluxo de caixa.

Desinvestimentos podem liberar caixa

Slaviero destacou que a venda da Compagás, distribuidora de gás canalizado, e de outros ativos não estratégicos pode abrir caminho para novos investimentos ou para a distribuição de dividendos extraordinários nos próximos anos. Contudo, ressaltou que a prioridade na alienação da Compagás, prevista para o primeiro semestre, é a maximização de valor, não descartando a possibilidade de não concluir o negócio caso o preço ofertado não seja atrativo o suficiente na visão da companhia.

Ações operam em baixa após balanço

Apesar do entusiasmo dos analistas com os sólidos resultados divulgados, as ações preferenciais da Copel (CPLE6) registraram queda de 1,66% na sexta-feira passada, após a divulgação do balanço do quarto trimestre. Os papéis chegaram a operar com valorização durante a teleconferência, mas encerraram o pregão em baixa. No ano da privatização, os papéis CPLE3 (ON) valorizaram 43%, enquanto as units CPLE6 (PN) subiram 36%. A base acionária da empresa também aumentou para cerca de 400 mil investidores após a oferta de ações que retirou a companhia do controle do governo estadual.

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Lucro e indicadores operacionais de 2023

No quarto trimestre de 2023, o lucro líquido da Copel totalizou R$ 943 milhões, uma expressiva expansão de 51,1% ante o mesmo período de 2022. No acumulado do ano, o resultado atingiu R$ 2,3 bilhões, mais que o dobro dos R$ 1,1 bilhão apurado em 2022. A receita líquida dos negócios core atingiu R$ 5,568 bilhões no trimestre, alta de 5,8% na comparação anual, enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 1,5 bilhão no período, crescimento de 4,6% em relação aos três últimos meses de 2022. Em 2023, o Ebitda ajustado da Copel bateu recorde anual de R$ 5,8 bilhões, uma elevação de 5,6% frente a 2022.

Endividamento e renovação de concessões

Ao final de dezembro, o endividamento líquido ajustado da Copel estava em R$ 8,92 bilhões, com alavancagem de 1,9 vez em relação ao Ebitda, patamar considerado “quase inadequado” pelo CEO Daniel Slaviero. Contudo, o executivo prevê a normalização dos níveis de alavancagem após o pagamento de R$ 3,719 bilhões para a renovação da concessão de três das principais usinas hidrelétricas da empresa por mais 30 anos, desembolso que deverá ser realizado ao longo de 2024.

Estratégia para capturar volatilidade

Nos próximos anos, uma das principais estratégias da Copel será aproveitar sua operação verticalizada e integrada, que abrange desde a geração até a comercialização de energia, para capturar valor em um cenário esperado de alta volatilidade nos preços do setor elétrico. Segundo Slaviero, essa volatilidade tende a ser intensa nos próximos anos. A empresa planeja expandir os segmentos de maior rentabilidade sobre o capital investido, como geração e comercialização, visando extrair o máximo valor possível dessa integração operacional em um ambiente de oscilações de preços.

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