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S&P500

Bilionário alerta: Dívida americana é uma bomba-relógio para o S&P 500

Economia

Preocupações sobre um mercado supervalorizado

O renomado investidor e gestor bilionário Leon Cooperman demonstrou recentemente sérias reservas sobre a atual conjectura do mercado acionário americano. Em sua visão, os principais índices como o S&P 500 têm sido negociados a múltiplos historicamente elevados, sinalizando o risco de uma bolha especulativa.

De fato, após a forte recuperação de 24% do S&P no ano passado, impulsionada por injeções de liquidez do Fed e pelos robustos balanços das big techs, o índice agora é negociado a 21 vezes os lucros corporativos. Esse patamar supera em muito a média histórica de 15 vezes. Além disso, a capitalização de mercado sobre o PIB dos EUA hoje beira recordes, outro indicativo de supervalorização.

Cooperman alerta que, apesar do boom recente, uma reversão é provável em breve. Ele lembra que todo rali especulativo ao longo da história foi seguido por uma correção. Se confirmada, uma nova crise deverá surpreender muitos investidores alavancados em apostas de alta.

Leon Cooperman

Leon Cooperman

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Recuperação econômica gera euforia exagerada

A retomada econômica pós-pandemia certamente surpreendeu os mercados. Impulsionado por maciços estímulos fiscais e monetários, o PIB dos EUA vem crescendo a taxas robustas, a despeito dos percalços globais. O desemprego despencou para mínimas históricas, gerando euforia nos investidores.

Contudo, na visão de Cooperman, esse otimismo generalizado não encontra respaldo nos fundamentos. Apesar dos resultados corporativos e balanços patrimoniais sólidos em 2023, ele entende que as ações já precificaram todos os possíveis cenários positivos adiante. Qualquer decepção agora poderia levar a realizações de lucros e fuga de riscos.

De todo modo, mesmo que o bom desempenho persista no curto-prazo, Cooperman adverte que os EUA caminham para uma recessão em algum ponto. Com a política monetária já bastante restritiva e a inflação arrefecendo, o país passará por um pouso forçado mais cedo ou mais tarde.

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Ceticismo sobre desempenho futuro das big techs

Grandes nomes de tecnologia como Apple, Microsoft, Meta e Alphabet vêm exibindo sólidos resultados trimestrais, muito acima das expectativas de Wall Street. Impulsionadas pela digitalização acelerada da economia, essas big techs acumulam enormes caixas e dominam seus mercados.

Porém, na contramão do consenso, Cooperman mostra ceticismo sobre a capacidade dessas empresas sustentarem o mesmo ritmo de crescimento à frente. Em sua ótica, as ações já embutem projeções demasiado otimistas que dificilmente se concretizarão. Qualquer decepção agora poderia gerar uma fuga em massa do papel dessas companhias, contribuindo para uma correção generalizada.

Além disso, ele especula que o Federal Reserve em breve poderá sinalizar uma mudança em sua política monetária hawkish, reduzindo os juros em reação a uma desaceleração da economia americana. Isso afetaria especialmente o setor de tecnologia, historicamente beneficiado pelo juro baixo.

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Previsão sombria para os próximos meses

Embora o desempenho recente dos mercados inspire confiança, Cooperman mantém uma postura bastante cautelosa para os próximos meses. Em suas palavras, “estou prevendo uma correção de 20% a 30% ainda este ano”. Ele estima que os índices acionários caminham para uma deterioração importante depois de anos de ganhos contínuos alimentados por liquidez abundante.

De fato, à medida que os bancos centrais apertam suas políticas monetárias para combater a inflação persistente, as condições financeiras tendem a se tornar mais restritivas. Isso pesará sobre o crescimento global, afetando especialmente mercados emergentes. Cooperman recomenda que investidores adotem posições defensivas e foquem em segmentos menos arriscados como utilities e consumo básico.

fonte: investing

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