Crise econômica sem precedentes: aumento de 528% no preço da gasolina confirma colapso cubano
O anúncio do aumento de 528% no preço da gasolina comum em Cuba a partir de 1º de fevereiro escancara a gravidade da crise econômica que assola a ilha.
O litro da gasolina passará de 25 para 132 pesos cubanos, em meio a uma inflação descontrolada, queda no PIB e déficit fiscal recorde.
Especialistas avaliam que se trata do colapso definitivo do modelo econômico cubano, baseado em subsídios estatais insustentáveis.
As causas incluem má gestão econômica, dependência da importação de combustíveis, o embargo americano e os efeitos da pandemia no turismo.
O aumento nos preços dos combustíveis deve elevar ainda mais as dificuldades do povo cubano e desencadear uma espiral inflacionária na economia cubana, com efeitos devastadores no poder de compra da população.
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Analistas temem inclusive desabastecimento e agitação social.
Gasolina especial sobe 520% e diesel 546%: reajustes atingem em cheio consumidores cubanos
O aumento de 528% no preço da gasolina comum não foi o único reajuste brutal anunciado pelo governo cubano.
A gasolina especial subirá 520%, para 156 pesos o litro.
Já o diesel terá um reajuste ainda maior, de 546%, custando 150 pesos o litro aos consumidores.
Especialistas avaliam que os aumentos atingirão em cheio a população cubana, que já convive com escassez de alimentos e remédios.
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Com essa alta no preço dos combustíveis, o encarecimento deve se espalhar por toda a economia através do repasse nos fretes e preços.
Crescem os temores de que a população mais pobre não consiga arcar com os custos básicos de subsistência diante do colapso econômico.
As redes sociais na ilha registram relatos de desespero com a espiral inflacionária que se anuncia.
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Preços no atacado sobem menos, mas continuam pesados para Cuba
Apesar dos aumentos menos intensos no atacado, os preços dos combustíveis no atacado continuam bastante salgados, refletindo a gravidade da crise que assola a ilha caribenha.
A gasolina comum subirá 46%, para 24,30 pesos o litro. O diesel terá alta de 84%, a 27 pesos.
E o preço da gasolina premium passará para 26 pesos, aumento de 50%.
Ainda que não repassados integralmente ao varejo, os aumentos no atacado manterão pressão sobre os custos do transporte de carga e de passageiros.
Economistas avaliam que a inflação deve se manter em níveis muito elevados.
O governo cubano busca com os reajustes recompor receitas para financiar importações e subsídios internos de combustíveis.
Mas a população deve arcar com o ônus da crise econômica sem precedentes.
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Cuba vende gasolina em dólar para turistas e gera polêmica
A decisão de vender gasolina em moeda estrangeira em postos para turistas gerou polêmica em Cuba. Enquanto a população local pagará 132 pesos por litro, turistas poderão abastecer em dólar, a preços mais baixos.
A medida busca obter divisas fortes para financiar importações de combustível, diante da escassez crônica na ilha.
Mas é vista como um privilégio para estrangeiros, em meio à crise econômica aguda.
Especialistas temem aumento do descontentamento popular com a diferenciação de preços entre cubanos e turistas.
Para amenizar, o governo estuda limitar a venda em moeda estrangeira a locais turísticos e motoristas de aluguel.
Crise elétrica: Cuba anuncia aumento na conta de luz em 2023
Em meio à grave crise econômica, o governo cubano também anunciou aumento na tarifa de energia elétrica para 2023.
O reajuste de 25% valerá para consumo acima de 500 kWh por mês.
A estatal elétrica cubana enfrenta dificuldades com a geração termoelétrica, devido à escassez e aos preços altos dos combustíveis.
Isso obriga o racionamento de energia em parte do país.
O aumento tarifário visa reduzir o consumo e elevar receitas para custear a importação de petróleo e diesel para abastecer usinas.
De 2% a 5% dos consumidores serão afetados pelo reajuste seletivo.
Plano de ajuste radical busca controlar crise, mas população paga a conta
O pacote de aumentos nos combustíveis e energia elétrica faz parte de um plano de ajuste drástico na economia cubana, na tentativa de controlar uma crise sem precedentes.
Em 2022 o PIB de Cuba encolheu 3,5%. A inflação bateu 26% no ano e o déficit fiscal foi de 19% do PIB. O plano busca equilibrar contas públicas e reduzir subsídios insustentáveis.
Mas analistas criticam o custo social da terapia de choque, com a população sendo chamada a pagar pela crise. Temem uma explosão social com o aprofundamento do desabastecimento e da inflação desenfreada na ilha caribenha.
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